Imagine que um anúncio seja tão bom que você decida moldar sua realidade em torno dele, apenas para descobrir que a realidade é, de fato, bem diferente. Essa é a história de Richard Overton, um homem que acreditou demais no fascínio sedutor da publicidade da Budweiser. A Budweiser, entre muitas outras empresas, há muito tempo utiliza o charme de mulheres atraentes e paqueradoras em suas campanhas publicitárias, aproveitando o ditado atemporal de que sexo vende. No entanto, eles provavelmente não previram o quanto a representação de uma vida idealizada, movida a cerveja, influenciaria algumas pessoas.
Em 1991, Overton se viu na ponta receptora dessa desilusão. Ele consumiu grandes quantidades de Budweiser, na esperança de reproduzir as cenas dos comerciais e atrair mulheres bonitas, assim como os homens dos anúncios faziam. Infelizmente, para Overton, a vida estava longe de ser o paraíso da cerveja que ele havia imaginado. Ele se viu desprovido da atenção de belas mulheres, e suas fantasias de que elas o bajulariam continuaram insatisfeitas.
Profundamente desapontado e emocionalmente angustiado, Overton decidiu processar a Anheuser-Busch, a empresa por trás da Budweiser, por uma alta soma de US$ 10.000. Ele alegou que os anúncios enganosos da empresa causaram sofrimento emocional, danos mentais e perdas financeiras. Como era de se esperar, o caso bastante singular de Overton não se sustentou no tribunal e acabou sendo arquivado. O caso serviu como um lembrete de que o mundo de fantasia retratado nos comerciais raramente corresponde à realidade.